sábado, 24 de maio de 2014

Prólogo: enigmático/estrépido/intrépido.em divagações perenes./ Epílogo: misterioso/incita seu/desprovido/não entendido/como grandioso feito: retirar-se.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Os outros

 Nunca somos nos os culpados entretanto os outros. Queremos sempre ser ‘os outros’ – que seja você mesmo. "aquela outra vida sim que é ideal’’. Ora, se todos nós queremos ser os outros, então nunca somos alguém. Então este “os outros’’ não existe. Criamos então uma imagem utópica, um ínclito ideal de vida. Mas essa pessoa indeterminada pode ser alienado, pensar com o pensamento dos outros. Ou pensar aquela ideologia da classe dominante... ('alien' em latim significa 'outro'). Uma tal de "revoução do outro’’ só será possível quando tivermos noção de sermos nós. Construindo deliberação própria. Fazer a verdade dos outros sendo do cada um o outro dos outros.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Devaneios

Passava horas em devaneio... sempre produtivo as suas ideias. Então sua alma remoía-se com a grande questão de como fazer todos estes delírios em ação. Agir seria sua maior fraqueza. Suas dúvidas eram rutilantes, as convicções implícitas.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Aquela

Aquele guardanapo com o nome e o telefone dela, ou, aquele momento em que você pediu para que ela escrevesse de-qualquer-jeito e ela escreveu; uma conversa guardada; uma guitarra elétrica, um cubo, uma cadeira azul, telas em-branco, tintas, quebra-cabeças, molduras, mp4, câmera fotográfica, telefones que não funcionam mais, jeans, alguma coisa escrita atrás dos quadros (a recompensa, a desilusão), re-integrar-se, uns kilos a mais; o amargo o doce a mesma-cor; uns livros traçados; aquele tênis arrebentado de tanto usar; o primeiro encontro.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Embaço

Esse amar que é. Não existo: sou intermitência entre desejos infindáveis e descrição de aspecto. Será um não-existir que observo com clareza de um embaço quando há paixão?

05/03/2012

E acaba, acaba tudo, tudo mesmo. Ah. Mas vem aquela lembrança de que algo poderia-ser-bom, e poderia. Vem um aviso pela manhã de alguém - por telepatia - te dizendo: "Acorda, minha linda" e ainda tem coragem de te chamar de "minha" e aí vem um choro involuntário daquela ausência que deixou e te deixa muito inquieta. Não é mais aquela KOSA, não, Não mais. Era como uma ilusão realizada e era só aquilo. Só a gente, e nada mais importava. Não, não mais. "E daquela bela acordada - entenda: o mundo ta aí, eu sempre estive contigo e sempre vou estar: relaxa: o mundo te engole mas te engole aos poucos; vem com essa não de que sempre-pensou-em-mim. Te dou esse toque para não se iludir com outrém. Comigo se quiser e COMO quiser; eu sei que era sempre comigo. Se quiser se entregar, te entrega. Como quiser, que quieira, que quisesse. E vai ser como quiser. E você sabe que é assim, você sabe. Eu também quase nunca fui com você. Eu te acordo mas você sabe que é-do-meu-jeito, e você ama esse 'meu' totalmente teu; tudo bem?" Arriscar é sempre bom, é singular, uma ação tua, e tão somente lá-do-fundo-de-você que te dispersa e te machuca tanto, e o tal fato de não dar certo, mesmo sabendo, disfarçando que não entende. A quietude antes era boa, mas agora irrita, como um ruído que desconheço só por conhecer bem porque sempre permanece vez-enquando. E que te invade de-repente e suga. Aí estoura tudo e fode. Fode mesmo. E é assim, com repetição. Acabaram comigo amor, acabaram mesmo. Nem sei mais. Até que sei, muito bem. É por falta de um ombro? Talvez nem precise mais, você sabe que esse ombro foram algumas coisas da geladeira. Ou de qualquer bar, ou esquina, não sabe?! Eu sei que sabe. Uma paixão errada numa esquina certa. Mas que te aceitou porque viu nos teus olhos  que era aquilo mesmo que queria naquele instante, não depois, naquele exato instante; mesmo sem nehum tostão. Sem nada.  Nem qualquer garota de programa saberia. E o que iria saber? Era só aquilo e sempre foi. E que se aparecer algo colorido na carteira com aparência de papel será assim. E que eu tenha o encontro perfeito do-tipo: ao acaso como foi ou como meio "acolhedor"? como foi. Parecia você, te juro.! Adivinha o que ela me disse, pode apostar. Depois de me beijar. Nem vou te dizer porque você sabe. Ela me disse: "conversa comigo" e eu tinha grana? Eu queria morrer, ou não né. "queria morrer nas pernas?" De onde tiraria dinheiro numa hora daquelas. E o dinheiro dado pela mamãe dá não. Agora eu sei desse teu "acorda aí". Eu sempre soube. Mas quis deixar para depois... Profundamente, entende? É uma neura minha, só-minha. Compreende. Às vezes não quero outrem ligando-se a isso, sabe? Você nem fala mais comigo, me acorda de-repente na minha cabeça e some. Ato covarde às vezes. Eu nem sei mais, nem mas. Eu me torturo sem pensar. E você nem está. Me deixa um estrago, ou uma coisa boa. Num jeito só seu. Eu sempre uso a mesma droga e ainda me pergunto por que. É comigo. E você finge não estar nem aí. Mas no fundo você está eu sei. 'Let it be'. Como quiser, como sempre foi, como seria, como será. Como está. Aí a gente sente saudade. Vem soco no estômago, soco na cara, comida estragada, gaiola, gosto ruim na boca, coisa involuntária. Me vem queimação, exaustão, chega. E você me vem assim? To quase morta já - QUASE. Pensava em acabar com o cara. Por que ela acabou comigo. Mas e daí, não vai dar em nada. "Ela nunca vai te amar, e essa dor continuará. Acostuma. É mais fácil."