sábado, 3 de setembro de 2016

"A duração transitória de uma dúvida é formação informada do molde frágil que sustenta esse esmo que forma a formulação verossímil que vigora o inseguro que o alcança."

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Já na sua 8ª internação ele, que estava em um estado de auto-conhecer-se decidiu que o melhor jeito de não iludir-se (como, por instinto, o fizera em todos os encontros-desencontrados, que por desejar demais ficou só em um outro lado do cosmos...) era isolar-se. Inteiramente um ser em si que por metafísica teve uma epifania ao ver a cor vermelha: jamais apaixonar-se por qualquer indivíduo. Quando tentava encontrar o passado-pessoa no tom preto ficou impressionado e deliberadamente se questionou a razão da vida. É que uma memória antiga o cercava e era difícil sair desta. Então na clínica deixou todos seus desejos inquietos e pôs a prática de viver-em-si. Não mais. Jamais se deixaria levar por amor ficcional outra vez (e que foram muitos). Organizou a memória e o futuro estava escrito a sua frente que seria doce. Mas o gosto do amargo do presente o deixava inquieto então deixou de ser presente para o futuro brilhar. O futuro tão intenso quando imaginava será de lapsos de memórias antigas e um pouco do resquício do presente. Sim ele vai ser doce como sempre foi. Estampado por palavras, terá sonhos reais e ele espera que o futuro o surpreenda.