terça-feira, 19 de agosto de 2014

domingo, 10 de agosto de 2014

Onde estão as cartas?

O lance das cartas é o seguinte: você não sabe quando a pessoa vai abrir teu envelope e sabe lá quando irá te responder e outra coisa: se a carta não for desviada das tuas mãos. Então a incessante ansiedade aumenta, o coração acelera. A pessoa mora na mesma cidade que a tua e quando encontra é quase impossível a comunicação. Você escreve e não obtém resposta. Procura em todas as redes sociais e nada. Até que você desiste. Todas as cartas seriam em vão, pensa. Então ela aparece em uma boate GLSBTT...

O remédio

Querido(a) desconhecido(a) se você me ligasse hoje... Você me ligou ontem três vezes; eu não atendi uma ligação porque não deu tempo as outras duas eu não atendi porque estava dormindo devido ao Dramin. Meus pensamentos estão à flor da pele. Meu isqueiro está sem fluído: na rua um rapaz me pediu isqueiro, disse que não tinha. Estaria eu mentindo? Na verdade eu tinha o isqueiro mas não era capaz de acender o cigarro. Desconhecido eu não saberia o que te dizer. Mas só sei que conversar com você seria um remédio para a minha aura. Não iria te dizer nenhuma mentira sobre mim. Ao certo eu iria depender de você pelo resto da vida, assim como meus remédios: uma picada por mês, o Arasid vai acabar no final de agosto e o Akineton: tomo quase todas as manhãs(quando acordo cedo) ou quando esqueço à tarde mesmo. Parei com a vivência, mas parece que ela me persegue.Desconhecido: eu sei bem o que você iria falar pra mim.